quinta-feira, 17 de abril de 2014

12-"Prefiro viver um dia de cada vez e aproveitar todos os momentos ao teu lado."

-Ele é tãooo....-Ela não acabou de falar e por isso falei eu.

-Tão que? Aquele é o Federico Fernandéz!

-Espanhol?

-Não! Argentino!

-Me gusta!

-Queres que te apresente?

-Não.-Em poucos segundos o Lorenzo e o Federico tinham chegado ao pé de nós.

-Anna! -Rodeou a minha cintura para de seguida me beijar, um beijo de saudade.-Que fazes aqui?

-Vim para ficar!

-Ficar? Aqui? Em Nápoles?

-Sim!! Mudança de emprego!

-Vou poder ter a minha princesa todos os dias comigo?

-Sim, vais! Mas... a Filipa também veio para ficar.

-Então fica na nossa casa!

-Nossa não! Tua! Não te importas?

-Também é tua! Claro que não!

-Obrigada Lorenzo! Mas não se esqueçam que estamos aqui!-Tínhamos nos deixado levar pela conversa e esquecido da Filipa e do Federico que nem uma palavra tinha trocado um com o outro visto que nem sequer se conheciam.

-Desculpem!-Disse o Lorenzo.

-Fede...esta é a Filipa, amiga da Anna! Filipa..este é Federico meu colega  e amigo!-Eles cumprimentaram-se com dois beijinhos depois de alguns olhares trocados enquanto o Lorenzo falava.

-Bem eu vou andando!

-Então e o nosso almoço?

-Pensei...que agora que já tens a tua princesa...não quisesses saber mais de mim!-Disse o Federico em tom de gozo.

-Pensaste mal! Que tal almoçarmos os quatro?

-Boa ideia!-Disse eu. O Federico e a Filipa acabaram por concordar e dirigimo-nos para os carros para depois irmos para o restaurante.

Almoçamos muito descontraídos e com muitas brincadeira pelo meio. A Filipa e o Federico já estavam um pouco mais à vontade um com o outro e foram conversando algumas vezes apenas os dois.
Estávamos preparados para sairmos da mesa quando uma figura masculina que saia do restaurante me chamou à atenção.
-Pai?-Levantei-me da mesa o mais depressa que pude e corri em direcção à saída, deixando todos a olhar para mim. Assim que passei aquela porta, olhei para todos os lados e já não vi aquela pessoa. 

-Que se passa Anna?-Perguntou o Lorenzo.

-Era o meu pai.

-O teu pai aqui?

-Sim.

-Secalhar viste mal.

-Não, não vi.

-Calma!-Puxou-me para ele e encostei a minha cabeça no peito dele. Isto de não saber do meu pai, anda a dar comigo em doida mas tinha a certeza que era ele.

-Vamos embora?

-Queres ir para casa?

-Sim. 

-Bem, nós vamos para casa descansar.-Disse o Lorenzo.

-Vens Filipa?

-Chamem descansar chamem!-Disse o Federico.

-Não! Vocês precisam da tarde para vocês, para matarem as saudades. Eu vou dar uma volta por aí.-Disse a Filipa.

-Sozinha? Não te perdes?

-Eu posso ir contigo!-Sugeriu o Federico.

-Não é preciso! Mal nos conhecemos.

-Aproveitamos para nos conhecermos melhor.

-Bem, vocês intendam-se! Nós vamos andando.

-Vão, vão! Portem-se bem!-Disse a Filipa.

-Vocês também!

. . .
15 minutos foi o tempo de chegarmos a casa. Assim que entramos o Lorenzo fechou a porta e beijou-me de seguida.
Beijo seguido de um mão do Lorenzo a descer até ao meu rabo. Estávamos a começar a descontrolar-nos um pouco quando eu pus um travão.
-Calma!

-Desculpa!

-Não faz mal. Conhecemo-nos à pouco mais de um mês apenas e eu quero levar as coisas com calma.

-Sim, tens razão!

-Agora tenho. Não quero dizer que um dia destes as coisas mudem e acabe por acontecer.

-Sim, acontece quando tiver de acontecer.-Sorri-lhe e fui até à sala onde me sentei.-Estás cansada?

-Um bocadinho.-Ele deitou-se no outro sofá e eu levantei-me e fui ter com ele. Queria estar agarradinha  a ele.
-Dá para perceber pelos teus olhos.Descansa!

-Queria ficar acordar nem que fosse só para olhar para ti.

-Podes tentar mas não acredito que aguentes muito mais tempo acordada. E além disso temos a vida toda para isso, agora descansa.

-Acreditas nisso?

-No que?

-Que o nosso amor é para sempre.

-Acredito. Tu não?

-Prefiro viver um dia de cada vez e aproveitar todos os momentos ao teu lado.-O Lorenzo nada disse, apenas me deu um beijo ao de leve nos lábios. Entrelaçamos as nossas mãos, fechei os olhos e passado alguns minutos adormeci.

...
[LORENZO]
Eram 17 Horas e a Anna ainda dormia. Muito devagarinho sai do sofá e fui preparar um lanche para quando ela acordasse. Estava a voltar à sala com o lanche quando reparei que ela já estava acordada. Estava sentada com os pés no sofá e com a cabeça apoiada sobre os joelhos.
-Já acordaste?

-Sim.-Respondeu sem se mexer. Poisei o tabuleiro em cima da mesa e sentei-me ao lado dela no sofá.

-Estás bem?

-Não.-Respondeu agora levantando a cabeça. Assim que olhei para a cara dela percebi que tinha deixado cair algumas lágrimas.-Não percebo como é que o pai pode desaparecer assim e não querer saber mais de mim.

-Calma! Ele pode ter precisado de espairecer, de por algum motivo ter precisado de espaço para pensar, não sei. Ele vai voltar!

-Ainda bem que te tenho aqui comigo! Se tivesse em Lisboa ia ser pior.

-Vou estar sempre aqui para ti! Para tu o que precisares!

-Obrigada!

Lanchamos entre as nossas habituais brincadeiras. Estavamos a acabar de lanchar quando a Anna se lembrou que a Filipa ainda não tinha dado notícias.
-A Filipa ainda não disse nada!

-Queres que ligue ao Federico?

-Não sei se ela está com ele mas liga.-Retirei o telemóvel do bolso e fiz a chamada para ele, pondo em alta voz para eu ouvir.

-Fede! Estás com a Filipa?

-Sim!

-Ainda não se mataram?

-Não!

-Então portem-se bem! Adeus!

-Olha! Nós vamos jantar os dois juntos!

-Não é cedo logo no primeiro dia levares-a a jantar fora?

-Parvo! Estás em alta voz!

-Tu também!-Desmanchamo-nos todos a rir. 

-Vá tenham um resto de boa tarde e uma boa noite!

-Para vocês também!-Desliguei a chamada e arrumei o telemóvel.

-Eles ainda se vão dar muito bem!-Disse a Filipa.

-Quem sabe!

-Podemos ir dar uma volta?Preciso de apanhar ar!

-Sim vamos!

...
[ANNA]
Estávamos já numa das ruas mais movimentadas de Nápoles quando aquela pessoa que vi no restaurante e que me parecia o meu pai, passou por mim.
-Outra vez? Eu não estou a ficar maluca! Aquele é o meu pai!

-Onde?

-Ali!-Comecei a andar mais depressa para não o deixar de ver.-Vou falar com ele!

-Espera! Pode não ser ele!

-Que eu saiba o meu pai não tem nenhum irmão gemeo!

-Mas...-Não lhe dei tempo de dizer mais nada e corri um pouco para conseguir ficar ao lado do meu pai. 

-Pai!-Exclamei,tocando-lhe no braço.

-Pai? Eu não sou teu pai!
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Olá a Todas!
E este foi mais um capítulo desta fic! Espero que tenham gostado!
Gostava de saber o que estão à achar da história e se acharam este capítulo muito confuso! 
Fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos!