-Ele é tãooo....-Ela não acabou de falar e por isso falei eu.
-Tão que? Aquele é o Federico Fernandéz!
-Espanhol?
-Não! Argentino!
-Me gusta!
-Queres que te apresente?
-Não.-Em poucos segundos o Lorenzo e o Federico tinham chegado ao pé de nós.
-Anna! -Rodeou a minha cintura para de seguida me beijar, um beijo de saudade.-Que fazes aqui?
-Vim para ficar!
-Ficar? Aqui? Em Nápoles?
-Sim!! Mudança de emprego!
-Vou poder ter a minha princesa todos os dias comigo?
-Sim, vais! Mas... a Filipa também veio para ficar.
-Então fica na nossa casa!
-Nossa não! Tua! Não te importas?
-Também é tua! Claro que não!
-Obrigada Lorenzo! Mas não se esqueçam que estamos aqui!-Tínhamos nos deixado levar pela conversa e esquecido da Filipa e do Federico que nem uma palavra tinha trocado um com o outro visto que nem sequer se conheciam.
-Desculpem!-Disse o Lorenzo.
-Fede...esta é a Filipa, amiga da Anna! Filipa..este é Federico meu colega e amigo!-Eles cumprimentaram-se com dois beijinhos depois de alguns olhares trocados enquanto o Lorenzo falava.
-Bem eu vou andando!
-Então e o nosso almoço?
-Pensei...que agora que já tens a tua princesa...não quisesses saber mais de mim!-Disse o Federico em tom de gozo.
-Pensaste mal! Que tal almoçarmos os quatro?
-Boa ideia!-Disse eu. O Federico e a Filipa acabaram por concordar e dirigimo-nos para os carros para depois irmos para o restaurante.
Almoçamos muito descontraídos e com muitas brincadeira pelo meio. A Filipa e o Federico já estavam um pouco mais à vontade um com o outro e foram conversando algumas vezes apenas os dois.
Estávamos preparados para sairmos da mesa quando uma figura masculina que saia do restaurante me chamou à atenção.
-Pai?-Levantei-me da mesa o mais depressa que pude e corri em direcção à saída, deixando todos a olhar para mim. Assim que passei aquela porta, olhei para todos os lados e já não vi aquela pessoa.
-Que se passa Anna?-Perguntou o Lorenzo.
-Era o meu pai.
-O teu pai aqui?
-Sim.
-Secalhar viste mal.
-Não, não vi.
-Calma!-Puxou-me para ele e encostei a minha cabeça no peito dele. Isto de não saber do meu pai, anda a dar comigo em doida mas tinha a certeza que era ele.
-Vamos embora?
-Queres ir para casa?
-Sim.
-Bem, nós vamos para casa descansar.-Disse o Lorenzo.
-Vens Filipa?
-Chamem descansar chamem!-Disse o Federico.
-Não! Vocês precisam da tarde para vocês, para matarem as saudades. Eu vou dar uma volta por aí.-Disse a Filipa.
-Sozinha? Não te perdes?
-Eu posso ir contigo!-Sugeriu o Federico.
-Não é preciso! Mal nos conhecemos.
-Aproveitamos para nos conhecermos melhor.
-Bem, vocês intendam-se! Nós vamos andando.
-Vão, vão! Portem-se bem!-Disse a Filipa.
-Vocês também!
Beijo seguido de um mão do Lorenzo a descer até ao meu rabo. Estávamos a começar a descontrolar-nos um pouco quando eu pus um travão.
-Calma!
-Desculpa!
-Não faz mal. Conhecemo-nos à pouco mais de um mês apenas e eu quero levar as coisas com calma.
-Sim, tens razão!
-Agora tenho. Não quero dizer que um dia destes as coisas mudem e acabe por acontecer.
-Sim, acontece quando tiver de acontecer.-Sorri-lhe e fui até à sala onde me sentei.-Estás cansada?
-Um bocadinho.-Ele deitou-se no outro sofá e eu levantei-me e fui ter com ele. Queria estar agarradinha a ele.
-Dá para perceber pelos teus olhos.Descansa!
-Queria ficar acordar nem que fosse só para olhar para ti.
-Podes tentar mas não acredito que aguentes muito mais tempo acordada. E além disso temos a vida toda para isso, agora descansa.
-Acreditas nisso?
-No que?
-Que o nosso amor é para sempre.
-Acredito. Tu não?
-Prefiro viver um dia de cada vez e aproveitar todos os momentos ao teu lado.-O Lorenzo nada disse, apenas me deu um beijo ao de leve nos lábios. Entrelaçamos as nossas mãos, fechei os olhos e passado alguns minutos adormeci.
...
[LORENZO]
Eram 17 Horas e a Anna ainda dormia. Muito devagarinho sai do sofá e fui preparar um lanche para quando ela acordasse. Estava a voltar à sala com o lanche quando reparei que ela já estava acordada. Estava sentada com os pés no sofá e com a cabeça apoiada sobre os joelhos.
-Já acordaste?
-Sim.-Respondeu sem se mexer. Poisei o tabuleiro em cima da mesa e sentei-me ao lado dela no sofá.
-Estás bem?
-Não.-Respondeu agora levantando a cabeça. Assim que olhei para a cara dela percebi que tinha deixado cair algumas lágrimas.-Não percebo como é que o pai pode desaparecer assim e não querer saber mais de mim.
-Calma! Ele pode ter precisado de espairecer, de por algum motivo ter precisado de espaço para pensar, não sei. Ele vai voltar!
-Ainda bem que te tenho aqui comigo! Se tivesse em Lisboa ia ser pior.
-Vou estar sempre aqui para ti! Para tu o que precisares!
-Obrigada!
Lanchamos entre as nossas habituais brincadeiras. Estavamos a acabar de lanchar quando a Anna se lembrou que a Filipa ainda não tinha dado notícias.
-A Filipa ainda não disse nada!
-Queres que ligue ao Federico?
-Não sei se ela está com ele mas liga.-Retirei o telemóvel do bolso e fiz a chamada para ele, pondo em alta voz para eu ouvir.
-Fede! Estás com a Filipa?
-Sim!
-Ainda não se mataram?
-Não!
-Então portem-se bem! Adeus!
-Olha! Nós vamos jantar os dois juntos!
-Não é cedo logo no primeiro dia levares-a a jantar fora?
-Parvo! Estás em alta voz!
-Tu também!-Desmanchamo-nos todos a rir.
-Vá tenham um resto de boa tarde e uma boa noite!
-Para vocês também!-Desliguei a chamada e arrumei o telemóvel.
-Eles ainda se vão dar muito bem!-Disse a Filipa.
-Quem sabe!
-Podemos ir dar uma volta?Preciso de apanhar ar!
-Sim vamos!
...
[ANNA]
Estávamos já numa das ruas mais movimentadas de Nápoles quando aquela pessoa que vi no restaurante e que me parecia o meu pai, passou por mim.
-Outra vez? Eu não estou a ficar maluca! Aquele é o meu pai!
-Onde?
-Ali!-Comecei a andar mais depressa para não o deixar de ver.-Vou falar com ele!
-Espera! Pode não ser ele!
-Que eu saiba o meu pai não tem nenhum irmão gemeo!
-Mas...-Não lhe dei tempo de dizer mais nada e corri um pouco para conseguir ficar ao lado do meu pai.
-Pai!-Exclamei,tocando-lhe no braço.
-Pai? Eu não sou teu pai!
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-Espanhol?
-Não! Argentino!
-Me gusta!
-Queres que te apresente?
-Não.-Em poucos segundos o Lorenzo e o Federico tinham chegado ao pé de nós.
-Anna! -Rodeou a minha cintura para de seguida me beijar, um beijo de saudade.-Que fazes aqui?
-Vim para ficar!
-Ficar? Aqui? Em Nápoles?
-Sim!! Mudança de emprego!
-Vou poder ter a minha princesa todos os dias comigo?
-Sim, vais! Mas... a Filipa também veio para ficar.
-Então fica na nossa casa!
-Nossa não! Tua! Não te importas?
-Também é tua! Claro que não!
-Obrigada Lorenzo! Mas não se esqueçam que estamos aqui!-Tínhamos nos deixado levar pela conversa e esquecido da Filipa e do Federico que nem uma palavra tinha trocado um com o outro visto que nem sequer se conheciam.
-Desculpem!-Disse o Lorenzo.
-Fede...esta é a Filipa, amiga da Anna! Filipa..este é Federico meu colega e amigo!-Eles cumprimentaram-se com dois beijinhos depois de alguns olhares trocados enquanto o Lorenzo falava.
-Bem eu vou andando!
-Então e o nosso almoço?
-Pensei...que agora que já tens a tua princesa...não quisesses saber mais de mim!-Disse o Federico em tom de gozo.
-Pensaste mal! Que tal almoçarmos os quatro?
-Boa ideia!-Disse eu. O Federico e a Filipa acabaram por concordar e dirigimo-nos para os carros para depois irmos para o restaurante.
Almoçamos muito descontraídos e com muitas brincadeira pelo meio. A Filipa e o Federico já estavam um pouco mais à vontade um com o outro e foram conversando algumas vezes apenas os dois.
Estávamos preparados para sairmos da mesa quando uma figura masculina que saia do restaurante me chamou à atenção.
-Pai?-Levantei-me da mesa o mais depressa que pude e corri em direcção à saída, deixando todos a olhar para mim. Assim que passei aquela porta, olhei para todos os lados e já não vi aquela pessoa.
-Que se passa Anna?-Perguntou o Lorenzo.
-Era o meu pai.
-O teu pai aqui?
-Sim.
-Secalhar viste mal.
-Não, não vi.
-Calma!-Puxou-me para ele e encostei a minha cabeça no peito dele. Isto de não saber do meu pai, anda a dar comigo em doida mas tinha a certeza que era ele.
-Vamos embora?
-Queres ir para casa?
-Sim.
-Bem, nós vamos para casa descansar.-Disse o Lorenzo.
-Vens Filipa?
-Chamem descansar chamem!-Disse o Federico.
-Não! Vocês precisam da tarde para vocês, para matarem as saudades. Eu vou dar uma volta por aí.-Disse a Filipa.
-Sozinha? Não te perdes?
-Eu posso ir contigo!-Sugeriu o Federico.
-Não é preciso! Mal nos conhecemos.
-Aproveitamos para nos conhecermos melhor.
-Bem, vocês intendam-se! Nós vamos andando.
-Vão, vão! Portem-se bem!-Disse a Filipa.
-Vocês também!
. . .
15 minutos foi o tempo de chegarmos a casa. Assim que entramos o Lorenzo fechou a porta e beijou-me de seguida.
-Calma!
-Desculpa!
-Não faz mal. Conhecemo-nos à pouco mais de um mês apenas e eu quero levar as coisas com calma.
-Sim, tens razão!
-Agora tenho. Não quero dizer que um dia destes as coisas mudem e acabe por acontecer.
-Sim, acontece quando tiver de acontecer.-Sorri-lhe e fui até à sala onde me sentei.-Estás cansada?
-Um bocadinho.-Ele deitou-se no outro sofá e eu levantei-me e fui ter com ele. Queria estar agarradinha a ele.
-Dá para perceber pelos teus olhos.Descansa!
-Queria ficar acordar nem que fosse só para olhar para ti.
-Podes tentar mas não acredito que aguentes muito mais tempo acordada. E além disso temos a vida toda para isso, agora descansa.
-Acreditas nisso?
-No que?
-Que o nosso amor é para sempre.
-Acredito. Tu não?
-Prefiro viver um dia de cada vez e aproveitar todos os momentos ao teu lado.-O Lorenzo nada disse, apenas me deu um beijo ao de leve nos lábios. Entrelaçamos as nossas mãos, fechei os olhos e passado alguns minutos adormeci.
...
[LORENZO]
Eram 17 Horas e a Anna ainda dormia. Muito devagarinho sai do sofá e fui preparar um lanche para quando ela acordasse. Estava a voltar à sala com o lanche quando reparei que ela já estava acordada. Estava sentada com os pés no sofá e com a cabeça apoiada sobre os joelhos.
-Já acordaste?
-Sim.-Respondeu sem se mexer. Poisei o tabuleiro em cima da mesa e sentei-me ao lado dela no sofá.
-Estás bem?
-Não.-Respondeu agora levantando a cabeça. Assim que olhei para a cara dela percebi que tinha deixado cair algumas lágrimas.-Não percebo como é que o pai pode desaparecer assim e não querer saber mais de mim.
-Calma! Ele pode ter precisado de espairecer, de por algum motivo ter precisado de espaço para pensar, não sei. Ele vai voltar!
-Ainda bem que te tenho aqui comigo! Se tivesse em Lisboa ia ser pior.
-Vou estar sempre aqui para ti! Para tu o que precisares!
-Obrigada!
Lanchamos entre as nossas habituais brincadeiras. Estavamos a acabar de lanchar quando a Anna se lembrou que a Filipa ainda não tinha dado notícias.
-A Filipa ainda não disse nada!
-Queres que ligue ao Federico?
-Não sei se ela está com ele mas liga.-Retirei o telemóvel do bolso e fiz a chamada para ele, pondo em alta voz para eu ouvir.
-Fede! Estás com a Filipa?
-Sim!
-Ainda não se mataram?
-Não!
-Então portem-se bem! Adeus!
-Olha! Nós vamos jantar os dois juntos!
-Não é cedo logo no primeiro dia levares-a a jantar fora?
-Parvo! Estás em alta voz!
-Tu também!-Desmanchamo-nos todos a rir.
-Vá tenham um resto de boa tarde e uma boa noite!
-Para vocês também!-Desliguei a chamada e arrumei o telemóvel.
-Eles ainda se vão dar muito bem!-Disse a Filipa.
-Quem sabe!
-Podemos ir dar uma volta?Preciso de apanhar ar!
-Sim vamos!
...
[ANNA]
Estávamos já numa das ruas mais movimentadas de Nápoles quando aquela pessoa que vi no restaurante e que me parecia o meu pai, passou por mim.
-Outra vez? Eu não estou a ficar maluca! Aquele é o meu pai!
-Onde?
-Ali!-Comecei a andar mais depressa para não o deixar de ver.-Vou falar com ele!
-Espera! Pode não ser ele!
-Que eu saiba o meu pai não tem nenhum irmão gemeo!
-Mas...-Não lhe dei tempo de dizer mais nada e corri um pouco para conseguir ficar ao lado do meu pai.
-Pai!-Exclamei,tocando-lhe no braço.
-Pai? Eu não sou teu pai!
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Olá a Todas!
E este foi mais um capítulo desta fic! Espero que tenham gostado!
Gostava de saber o que estão à achar da história e se acharam este capítulo muito confuso!
Fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos!